Resumo de Telecom 24/11/2014


O GLOBO - RJ  - Descoberto vírus que espiona governos e cidadãos há seis anos
FOLHA DE S. PAULO - SP  - Farinha pouca
O ESTADO DE S. PAULO - SP  - Nextel vende celular e não entrega
VALOR ECONÔMICO - SP  - *Patuano tem aval para negociar com Oi ; Companhias europeias investem em armazenagem de dados e em 4G ;
CORREIO BRAZILIENSE - DF  - *Operadoras resistem à transparência
ISTOÉ DINHEIRO - SP  - Banda larga
EXAME - SP  - CHEGOU CHEGANDO
BRASIL ECONÔMICO  - *Conselho autoriza CEO da Telecom Italia a buscar acordo da TIM com a Oi ; Unitel faz parceria com Google para conexão


O GLOBO - RJ  
SOCIEDADE
 24/11/2014 
  
Descoberto vírus que espiona governos e cidadãos há seis anos 
‘Malware’ batizado como Regin rouba senhas e faz capturas de tela 
  
Um avançado vírus que, desde 2008, é usado para espionar empresas privadas, governos, institutos de pesquisa e indivíduos em dez países foi descoberto pela fabricante de softwares antivírus Symantec. Segundo um relatório divulgado ontem pela firma, responsável pela linha de produtos de segurança Norton, uma pesquisa mostrou que “uma nação” seria a provável desenvolvedora do malware, batizado como Regin. Uma vez instalado num computador, ele pode fazer capturas de tela, roubar senhas ou recuperar arquivos apagados.

 Os especialistas da empresa com base na Califórnia informaram que o design do Regin o torna “altamente adequado para operações de vigilância constantes e de longo prazo”, e que ele chegou a ser “aposentado” em 2011, mas ressurgiu em 2013. O malware tem diversas características stealth (que utilizam técnicas de programação para evitar a detecção por ferramentas de segurança) e, mesmo quando sua presença é detectada, é muito difícil saber exatamente o que ele está fazendo. Até agora, muitos componentes do Regin permanecem desconhecidos, e funcionalidades e versões adicionais podem existir.

 Quase 50% de todas as infecções ocorreram em endereços de provedores de serviços de internet. O objetivo era atingir os clientes das empresas, não as companhias em si. Cerca de 28% dos alvos eram firmas do setor de telecomunicações, mas também foram detectadas vítimas nos setores de energia, aviação, hotelaria e pesquisa.

ANOS DE DESENVOLVIMENTO
 Os Estados Unidos e empresas privadas de inteligência cibernética suspeitam que hackers incentivados pelos governos da China ou da Rússia podem ter desenvolvido o vírus. A Symantec divulgou que metade dos dispositivos infectados pelo Regin são da Rússia e da Arábia Saudita. Os outros países afetados são México, Irlanda, Índia, Irã, Afeganistão, Bélgica, Áustria e Paquistão.

 A sofisticação do software indica que a ferramenta de ciberespionagem provavelmente levou meses, ou mesmo anos, para ser desenvolvida, e que seus criadores trabalham continuamente para cobrir seus rastros. Sian John, estrategista de segurança da Symantec, disse no relatório que o desenvolvedor do vírus “aparentemente se trata de uma organização ocidental, por seu nível de habilidade e experiência, e pelo longo período de desenvolvimento”.
 
 
FOLHA DE S. PAULO - SP  
OPINIÃO
 24/11/2014 

 Farinha pouca 
 
  
 Luiz Fernando Vianna
 RIO DE JANEIRO - Se confirmadas, as escolhas de Kátia Abreu e Joaquim Levy podem provocar um bocado de tristeza, mas zero de surpresa. O Ministério da Agricultura já está nas mãos do agronegócio há muito tempo. Era sonho impossível uma guinada em prol dos trabalhadores rurais, das terras indígenas, das preocupações ambientais.
 E, a despeito do discurso algo esquerdista da campanha de Dilma, já se esperava na Fazenda um economista linha-dura, que tente pôr as contas em ordem e satisfaça os sempre insatisfeitos "mercados".
 Reformas ministeriais são maçantes, pois só mudam os nomes, não os interesses que representam. Mas há dois ingredientes novos.
Um, claro, são as investigações na Petrobras. É provável que o ventilador alcance dezenas de políticos, inclusive da oposição. Sabe-se lá como vai ficar a "base aliada" (nome curioso, pois com aliados desse nível não se precisa de inimigos). Num cenário quase ingênuo, Dilma ganhará mais liberdade de escolha, já que parte de seus interlocutores partidários estará na cadeia. No pior cenário para ela, alguns de seus escolhidos estarão presos ou sem cacife.
O outro ingrediente é que há mais gente na arena pública. A telefonia celular e a internet, por exemplo, criaram novas formas de inclusão econômica, social e política. No Brasil dos últimos 20 anos, cresceu a renda per capita, caiu o desemprego, conquistaram-se direitos --graças a programas de governo e à militância de diversos segmentos.
 Mas a fartura acabou. Quem melhorou de vida, abrindo pequenas fissuras no nosso sistema de castas, não vai querer recuar. Os barões, no entanto, estão na frente e já asseguraram dois ministérios. Somos um país de coalizões tramadas em gabinetes. Talvez, agora, uma parte da escassa farinha seja disputada à luz do sol. Se não for assim, já sabemos quem comerá o pirão.  

O ESTADO DE S. PAULO - SP  
METRÓPOLE
 24/11/2014 

Nextel vende celular e não entrega 

O leitor Carlos Alberto Leite de Barros comprou um aparelho Nextel pela internet, em 30 de setembro, já pagou a primeira parcela de um total de quatro, mas não recebeu o produto. “Estou muito insatisfeito com a empresa e o atendimento recebido.”A Nextel Telecomunicações Ltda afirmou que a reclamação está em análise e o problema poderá ser acompanhado pela Central de Atendimento, no telefone 1050. Leite está insatisfeito com a resposta da empresa e revela que até o dia 17 de novembro ninguém entrou em contato com ele. 


VALOR ECONÔMICO - SP  
EMPRESAS
 24/11/2014 

*Patuano tem aval para negociar com Oi 
Por Ivone Santana e Thais Carrança | De São Paulo
 O presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, foi encarregado pelo conselho de administração da operadora, após reunião extraordinária que durou cinco horas na sexta-feira, de avaliar uma parceria com a brasileira Oi.
 Na sexta-feira, a tele italiana divulgou um comunicado informando que a reunião do conselho de administração, presidida por Giuseppe Recchi, encarregou os gestores da companhia de fazer "um exame em profundidade das opções para uma possível integração da TIMPart com a Oi". Se a questão avançar, os próximos passos serão submetidos à aprovação do conselho, seguindo opinião do comitê de diretores independentes.
Em agosto, a Oi contratou o BTG Pactual como comissário mercantil e conversa com pares do setor, como a Claro, do grupo mexicano América Móvil, e a espanhola Telefónica Vivo para formular oferta pela TIM. Desse modo, a operadora visa evitar a concentração de mercado e reduzir problemas junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A Asati, associação dos acionistas minoritários da Telecom Italia, enviou na quinta-feira uma carta ao conselho, recomendando cautela em relação às decisões. Os minoritários apoiam, entretanto, a compra de uma fatia da Metroweb, o que compensaria o fracasso na tentativa de ficar com a GVT. Esta tele brasileira foi comprada pela espanhola Telefónica.
Segundo a agência italiana Notizie Radiocor informou na sexta-feira, a Asati apoia um acordo com a Oi, aumentando, assim, as possibilidades de melhorar a posição internacional da tele italiana. A Asati destacou que a dívida da Oi é "substancial", mas que se conseguir vender os ativos da Portugal Telecom, o débito ficará equivalente ao da empresa italiana.
Uma fonte que acompanha os negócios disse ao Valor que se a Oi vender os ativos da empresa em Portugal por cerca de € 7 bilhões e sua participação na Africatel, avaliada em US$ 1,6 bilhão, a tele brasileira poderá reduzir sua dívida líquida de R$ 47,8 bilhões para aproximadamente R$ 21 bilhões - isso se os recursos fossem só para essa finalidade, sem pagamento de dividendos, por exemplo.
 A Oi recebeu uma oferta neste mês de € 7,025 bilhões (US$ 8,8 bilhões) da companhia francesa Altice pelos ativos da empresa em Portugal. A Altice compete com a Apax Partner s e Bain Capital Partners pelos ativos portugueses da Oi. As companhias de investimentos estão oferecendo € 50 milhões a mais que a Altice. O grupo francês também enfrenta outro obstáculo. Isabel dos Santos, filha do presidente da Angola, fez uma oferta de € 1,2 bilhão pela Portugal Telecom, holding que detém participação minoritária na Oi.
A Portugal Telecom já não controla os ativos operacionais que o grupo possui no mercado português, após a operação de fusão com a Oi. Mas a holding ainda tem direito de veto sobre a venda dos ativos portugueses, informou a agência Bloomberg.
O conselho da Telecom Italia também aprovou a venda de 6.481 torres de telecomunicações no Brasil para a American Tower por aproximadamente R$ 3 bilhões (acima de € 900 milhões)
Patuano informou ao conselho sobre a proposta enviada à F2i, com a qual a Telecom Italia formalizou interesse em iniciar discussões sobre a aquisição de uma fatia na Metroweb, o mais rápido possível. A Metroweb é uma operadora de banda larga com sede em Milão e opera em nível nacional.
 As ações da Telecom Italia fecharam o pregão de sexta-feira em alta de 1,71%, cotadas a € 0,9191. 

VALOR ECONÔMICO - SP  
EMPRESAS
 24/11/2014 

Companhias europeias investem em armazenagem de dados e em 4G 
Por Ruth Bender e Simon Zekaria | The Wall Street Journal

 Em um abrigo antinuclear dos tempos da Guerra Fria, no centro de Paris, está a aposta da Iliad no futuro da indústria europeia de telecomunicações.
 A operadora francesa de telecomunicações de baixo custo não está esperando um ataque nuclear a qualquer momento. Mas para fazer face à explosão do uso de dados nas suas redes, à medida que mais e mais clientes assistem a vídeos em seus smartphones, a Iliad está convertendo esse abrigo subterrâneo de 457 metros quadrados em uma central de servidores.
 A localização do abrigo, a 26 metros abaixo do solo, com entradas fáceis de proteger e baixa temperatura, oferece condições ideais para o armazenamento de dados.
 A iniciativa da Iliad é um exemplo da corrida dos grupos europeus de telecomunicações para investir na capacidade de manipulação de dados e em redes sem fio mais rápidas, de quarta geração, ou 4G, agora que os consumidores usam o celular cada vez menos para fazer telefonemas, e mais para usar aplicativos de mensagens e vídeos.
 As empresas de telecomunicação estão sob pressão para adaptar seus negócios. Com o faturamento em queda nos mercados europeus de telefonia sem fio devido à forte concorrência, à regulação severa e ao crescimento econômico fraco, as operadoras têm esperança de ganhar mais dinheiro dos assinantes que estão usando seus celulares para transmissão significativa de dados.
 Ao contrário de operadoras americanas como AT&T e Verizon Wireless, da Verizon Communications, as europeias têm sido lentas para adaptar seus planos de assinatura ao aumento explosivo do tráfego de dados. Isso decorre, em grande parte, da demora em investir, em comparação com os EUA, em tecnologias de rede mais rápidas, como a 4G, que oferece velocidades de transmissão de dados até dez vezes maiores que as tecnologias mais antigas, permitindo que os clientes assistam a séries de TV nos seus smartphones e tablets, sem os atrasos provocados pelo armazenamento desses arquivos no dispositivo.
 "A realidade do mercado francês é uma loucura", disse o diretor financeiro da Iliad, Thomas Reynaud, durante conferência do setor em Barcelona. "A quarta geração [4G] será a principal aplicação nos próximos anos, mas hoje ainda é apenas uma pequena parte."
 O Vodafone Group prevê que a penetração da rede 4G vai duplicar durante o próximo ano, e a Deutsche Telekom avalia que a nova tecnologia deve criar preços diferenciados. A Orange afirmou que o consumo médio de dados de seus clientes franceses é duas vezes e meia maior que o dos clientes que ainda usam a velha tecnologia 3G.
 "A 4G não é apenas uma tecnologia popular, mas [também] cria mais uso", diz o diretor-presidente da Orange, Stéphane Richard.
 Para ajudar a aumentar a velocidade das redes, o que é necessário para dar conta do tráfego de dados, as operadoras estão aumentando a capacidade e a velocidade das redes. Elas estão investindo em centros de dados, localizadas normalmente em grandes cidades ou perto delas, que é para onde flui a maior parte dos dados. A Vodafone arrenda um local para seu centro de dados em Slough, cidade a 32 km de Londres. A proximidade de grandes cidades reduz a "espera" das redes, o tempo que o conteúdo leva para percorrer uma rede com muito tráfego e aparecer na tela de um dispositivo.
 Além disso, as empresas de telecomunicações estão investindo em conteúdo, através de parcerias com sites de 'streaming' de vídeo, na esperança de que os clientes usem mais serviços de transferência de dados e elas possam, então, cobrar mais.
 O banco Morgan Stanley calcula, por exemplo, que um assinante da Vodafone no Reino Unido que aumente o seu uso de dados de 0,5 gigabytes para 5 gigabytes poderia ter um aumento na conta mensl de umas 7 libras esterlinas (US$ 11).
 Muitas operadoras dizem que o novo iPhone 6 da Apple, com sua tela maior, câmera melhor e melhor resolução para vídeo, vai incentivar o uso de dados a um ritmo acelerado. Em relatório divulgado esta semana, a gigante sueca Ericsson, operadora de redes, afirmou que houve um aumento de 60% no tráfego de dados em dispositivos móveis do terceiro trimestre de 2013 ao mesmo período de 2014. Já a quantidade de telefonemas feitos de celulares permaneceu inalterada.
 A fabricante de equipamentos de telecomunicações prevê que até 2020 o tráfego de vídeo em dispositivos móveis aumentará dez vezes, representando 55% de todo o tráfego de dados para aparelhos móveis. É uma boa notícia para as operadoras que podem, potencialmente, ganhar mais, cobrando valores mais elevados pelo maior uso de dados nos celulares.
 As operadoras europeias estão tentando alcançar as americanas, que já colhem os benefícios dos investimentos feitos em conexões mais rápidas, depois que adotaram as tecnologias sem fio de maior velocidade bem antes das europeias.
 Nos EUA, a Verizon Wireless migrou 59% dos seus clientes móveis para a 4G desde o início de 2011, de acordo com o Morgan Stanley. Durante esse mesmo período, a receita da Verizon, excluindo as vendas de aparelhos e aquisições, aumentou 7% por ano, em média. Em comparação, na Europa, apenas 5% dos assinantes da Vodafone estão utilizando serviços 4G. 

CORREIO BRAZILIENSE - DF  
CIDADES
 24/11/2014 
*Operadoras resistem à transparência 
Empresas descumprem ou dificultam o acesso dos clientes às tabelas de preços cobrados pelos diferentes serviços prestados nas páginas virtuais. A exigência, constante de regulamento aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações, entrou em vigor 15 dias atrás 
  
Quinze dias depois da vigência da norma que obriga as operadoras de telefonia a disponibilizar de forma fácil e padronizada as ofertas e preços dos serviços, muitas empresas ainda patinam no cumprimento da regra. De acordo com as determinações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as prestadoras devem divulgar nas páginas eletrônicas uma tabela unificada com os preços cobrados e as condições de oferta. O objetivo é que o cliente saiba comparar os valores pagos na contratação. Porém, embora haja a exigência formal, o Correio, com a ajuda de especialistas da área de direito do consumidor, constatou que, em muitos sites as informações estão incorretas e o acesso a elas é muito complicado.

 As regras para facilitar a comparação de preços dos serviços compõem o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC). Parte dele está em vigor desde julho deste ano, mas a exigência da tabela padronizada começou a valer no último dia 10. Essa norma obriga as operadoras colocarem as informações dos preços e das ofertas em um único formato na seção Institucional ou B2B (Business to Business) em seus sites. As lojas físicas estão dispensadas dessa obrigação. 
 O Correio analisou os sites de seis empresas do ramo de telefonia, envolvendo celular, internet e tevê por assinatura: Claro, Vivo, Oi, Tim, Net e Sky. Na Vivo, na Net e na Oi, somente foi possível localizar as tabelas de preços conforme a legislação vigente após a ajuda da assessoria de imprensa, pois as direções são complicadas e nem sempre acompanham as seções que a Anatel determinou — Institucional ou B2B. Na Net, por exemplo, o link para as tabelas está dentro da pasta Institucional, mas o cliente precisa procurar bastante, porque está pequeno e no fim da página. Na Oi, o cliente precisa clicar em vários ícones diferentes até chegar à informação de que precisa.
 Na Sky, os preços dos pacotes estão na página inicial, mas não seguem os padrões da agência reguladora e, até o fechamento desta edição, a assessoria de comunicação não havia respondido sobre a localização da tabela oficial no site. A Tim e a Claro foram as empresas que deixaram as informações de uma maneira mais clara. Na página principal, o cliente consegue encontrar os ícones que vão direcioná-lo para as informações exigidas pela Anatel.

 De acordo com a agência, é obrigatório informar todos os elementos que compõem o modelo de faturamento. Assim, se o plano cobra por minuto, deve mostrar o preço do minuto. Se cobra por ligação, o valor deve ser exibido, e assim sucessivamente. Procuradas pelo Correio, as empresas responderam que cumprem todas as determinações do RGC.

Prazo maior
 Para as associações de defesa do consumidor, mesmo com as novas exigências da Anatel, as empresas ainda não conseguem ser transparentes, como é o objetivo da norma. Elas defendem que as empresas tiveram prazo para operacionalizar a determinação em seus sites, uma vez que a obrigação da tabela padronizada veio quatro meses antes do RGC entrar em vigorar. “A verdade é que setor nenhum gosta desse princípio de transparência; por isso, é preciso que o Procon e a Anatel fiscalizem. O consumidor também deve ficar de olho”, afirma Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo.

 A coordenadora institucional da Proteste Associação de Consumidores, Maria Inês Dolci, disse que, diante da falta de transparência e de cumprimento da norma, enviou, na semana passada, um questionamento para a Anatel pedindo esclarecimentos e providências. “Na nossa opinião, as empresas estão descumprindo as normas e a Anatel tem que fiscalizar. Não adianta implantar uma regra e não ir atrás para averiguar se foi cumprida”, defende. A Anatel respondeu, por meio de nota, que, caso haja indícios de descumprimento, ela pode abrir um procedimento administrativo e penalizar a operadora com multas que podem chegar a R$ 50 milhões por infração.

 O regulamento da Anatel permite aos Procons auxiliarem na fiscalização. O Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal informou que está fiscalizando o cumprimento das normas do RGC. “Caso o consumidor se sinta lesado com o descumprimento dessa nova lei, ele pode registrar uma reclamação no Procon-DF. É bom lembrar que as operadoras de telefonia lideram o ranking de reclamação todos os anos”, disse Wagner Santos, diretor-geral da instituição.

 Com o novo regulamento e o total cumprimento por parte das empresas, a ideia é acabar com histórias como a da massoterapeuta Denise Gonçalves, 48 anos, que sofreu com a falta de comprometimento da empresa de telefonia. Em julho de 2013, ela contratou o serviços de telefone, internet e tevê a cabo, mas, até hoje, não sabe exatamente os valores que paga. No ato do contrato, foi informada que o preço do pacote completo seria R$ 157. Dois meses após fechar negócio, as contas passaram a vir mais altas, R$191.

 Na tentativa de resolver o problema, a cliente ficou mais de oito meses em contato com a empresa, mas só conseguiu a solução na Justiça. “Além de não terem cumprido o combinado, ainda me trataram mal”, queixa-se Denise. No tribunal, Denise ganhou a causa fez um acordo com a operadora, que está obrigada a pagar três vezes o valor de qualquer conta que venha errada no futuro. “Deveriam deixar tudo muito claro para o cliente a fim evitar problemas. Eu me senti totalmente desrespeitada”, diz.

O que diz a lei
 O artigo 48 do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC) obriga as prestadoras a disponibilizar gratuitamente, de forma padronizada e de fácil acesso, informações relativas a ofertas e serviços de telecomunicações. O conjunto de dados padrão deve estar definido em duas tabelas fornecidas pela Anatel. A primeira deve referir-se a planos e promoções isoladamente considerados. A segunda, as ofertas conjuntas.

 Para saber mais

Recurso ao Judiciário
 Desde que a Anatel sinalizou a aprovação do RGC, as associações de empresas de telecomunicações entraram com vários processos e pedidos de liminar para suspender artigos do regulamento. Foram diversas batalhas jurídicas. A única liminar que a Anatel não conseguiu derrubar foi a da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), que pede a suspensão dos artigos 46 e 55. Dessa forma, os associados da ABTA estão desobrigados a oferecer os mesmos pacotes promocionais para clientes antigos e novos e a fazer o reajuste dos combos na mesma data, entre outros itens. 

ISTOÉ DINHEIRO - SP  
PODER
 24/11/2014 

Banda larga 

Em construção na Fran­ça, o satélite de que vai operar em 2017 garantirá banda larga para 2,3 mil municípios e até em alto-mar, na área do pré-sal. Hoje a rede da Telebras só chega a 374 localidades. Segundo o senador Anibal Diniz (PT-AC), relator do plano de banda larga, o satélite será crucial para a ampliação da rede. 


EXAME - SP  
PRIMEIRO LUGAR
 24/11/2014 

  
CHEGOU CHEGANDO 
 

Em maio, a AT&T, maior operadora de telefonia dos Estados Unidos, comprou a empresa de TV paga DirecTV e, de quebra, levou a brasileira Sky. A operação ainda não foi aprovada, mas a AT&T já traça planos para o Brasil. A ideia é que a Sky, que tem 5 milhões de clientes de TV paga, vire um competidor relevante também em banda larga — mercado liderado pela Net, do mexicano Carlos Slim. De 2013 para cá, a Sky instalou 70 antenas e conquistou 100 000 clientes em 84 municípios — boa parte deles no interior. A AT&T quer acelerar o passo e atrair mais 400 000 clientes em 2015, com investimentos estimados em mais de 1 bilhão de reais. Procurada, a Sky não comenta. 


BRASIL ECONÔMICO  
EMPRESAS
 24/11/2014
  
*Conselho autoriza CEO da Telecom Italia a buscar acordo da TIM com a Oi 

O processo de consolidação do mercado brasileiro de telecomunicações continua a gerar movimentações de bastidores. Em reunião extraordinária do Conselho de Administração da Telecom Italia, realizada na sexta-feira, Marco Patuano — executivo-chefe do grupo italiano — foi encarregado de avaliar uma parceria da TIM, operação brasileira da Telecom Italia, com a Oi. O encontro em Roma e teve duração de cerca de cinco horas.

 As condições para qualquer acordo com a TIM, segunda maior empresa de telefonia celular do Brasil, na qual a Telecom Italia detém 67% de participação, incluem o acesso à contabilidade financeira da Oi e uma participação controladora da TIM em uma entidade maior, disseram fontes familiarizadas. A Telecom Italia também quer que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) participe da transação, disseram outras três fontes.

 A TIM tem um valor de mercado de cerca de US$12 bilhões. A Oi, que está em quarto lugar no Brasil em clientes de telefonia celular, tem uma capitalização de mercado de US$ 4,8 bilhões e mais de US$18 bilhões em dívidas. Maior provedora de telefonia fixa do país, a Oi está se desfazendo de ativos para juntar recursos para uma possível proposta pela TIM.

 Nesse contexto, a Oi tem três ofertas pelos ativos portugueses da Portugal Telecom. O pacote inclui propostas da francesa Altice, de € 7,025 bilhões; dos fundos Apax Partners e Bain; de € 7,075 bilhões; e da Terra Peregrin, companhia da empresária angolana Isabel dos Santos, de cerca de €1,2 bilhão.

 As ações da Telecom Italia fecharam o pregão em Milão com alta de 1,71%, negociadas a € 0, 9195.

 Nas últimas semanas, comentários de executivos da Telecom Italia e da Oi mostraram que as empresas podem estar dispostas a negociar uma fusão no Brasil. Bayard Gontijo, executivo-chefe interino da Oi, quando questionado se a Oi poderia se combinar com a TIM, disse que seu “objetivo é criar valor para o acionista” e que ele “não tem nenhum preconceito em relação a como isso ocorrerá”.

No início do mês, Patuano disse que embora a manutenção dos negócios brasileiros continue sendo a opção preferida, a operadora estudaria “qualquer boa oportunidade” no país. O executivo está focado em aumentar a receita e a lucratividade no Brasil, segundo maior mercado da empresa, depois que a ex-acionista Telefónica superou a Telecom Italia e adquiriu a GVT, por cerca de € 7 bilhões.

 A TIM e a Oi combinadas teriam 126 milhões de clientes, ou cerca de 45 % do mercado de telefonia celular do Brasil, superando a líder TelefônicaVivo, de acordo com informações compiladas pela Anatel.

 Segundo fontes familiarizadas com a situação, outro assunto em pauta na reunião seria a venda das torres de telefonia móvel da TIM à American Tower Corp., por umvalor próximo de € 900 milhões. Nenhum anúncio, no entanto, foi realizado nessa direção. Patuano colocou os ativos de torres no Brasil à venda há um ano, quando revelou um plano de negócios de € 4 bilhões para cortar dívidas e ajudar a financiar investimentos necessários. Com agências 

BRASIL ECONÔMICO  
EMPRESAS
 24/11/2014 

Unitel faz parceria com Google para conexão 
Brasil, África e EUA serão interligadas com cabo submarino segundo acordo firmado 

A principal companhia angolana de telecomunicações Unitel, cuja presidente-executiva Isabel dos Santos tem uma oferta pública de aquisição (OPA) para comprar indiretamente 25,6% da brasileira Oi, fez uma parceria com o Google para lançar um cabo de fibra óptica submarino, que ligará África, Brasil e Estados Unidos, anunciou a empresa.

 A filha do presidente de Angola é presidente-executiva da Unitel e dona da portuguesa Terra Peregrin, que em 9 de novembro lançou uma OPA geral sobre a PT SGPS, oferecendo ¤1,35 por ação.
 A oferta teve como objetivo adquirir os 25,6% que a PT SGPS tem na Oi e manter a PT Portugal intacta ao travar a venda destes ativos de telecomunicações portugueses, que são detidos pela brasileira.
 A Unitel disse que a sua presidente- executiva destacou o crescimento das telecomunicações na África e “apontou a conectividade em banda larga como o próximo grande desafio além do móvel”, de forma a implementar fibra de alta qualidade para apoiar as comunicações móveis e os negócios no continente.
“(Isabel dos Santos) revelou ainda que a Unitel está envolvida numa parceria com o Google para lançar um cabo de fibra óptica submarino que vai ligar África ao Brasil e o Brasil aos EUA”, afirmou a Unitel em comunicado.
“É um projeto que está em curso e o primeiro quilômetro foi construído há duas semanas”, acrescentou.
 A Unitel disse que tem 10 milhões de clientes e mais de 2 mil colaboradores, sendo a maior empresa privada da Angola. Reuters 


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