Depoimento 1º Colocado BACEN TI
Atendendo a pedidos de colegas concurseiros, compartilho
aqui um pouco da experiência de um amigo que esteve estudando para concursos
públicos. Seu nome é Luiz Eduardo Laydner Cruz, 25 anos, mora em Brasília e é
formado em engenharia de computação pelo ITA. Foi aprovado em 1o lugar no
concurso do Banco Central na área 1 (tecnologia da informação).
Minha trajetória
Depois de uma aventura em empreendedorismo, que me deu ótimas
experiências e nenhum dinheiro, procurei por oportunidades na iniciativa
privada em Brasília na área de TI. Não encontrei nada que fosse minimamente
interessante e remunerasse bem. Logo percebi que as boas oportunidades
estavam mesmo no Serviço Público. Minha carreira de concurseiro
foi relativamente breve, porém muito intensa. Foram 1194.9 horas líquidas de
estudo (eu cronometrei!), além do tempo de aula de alguns cursos que fiz1[1]. Fiz três provas: ANATEL, ANAC e BACEN. Só me
inscrevi em concursos para os quais eu realmente queria passar e em que eu
tinha alguma chance. Eu, particularmente, não via muito valor em pagar uma inscrição
cara e fazer uma prova em que eu tinha certeza de que não passaria (será que é
possível
passar no TCU sem ter estudado D. Administrativo, D.
Constitucional, Controle Externo e Governança TI ?).
Acredito que o meu bom desempenho no concurso do Banco Central se
deve principalmente ao fato de eu ser uma pessoa de muita sorte. Não a sorte de
ter chutado[2] alternativas corretas, mas a de poder ter me dedicado
integralmente aos estudos sem qualquer outro tipo de preocupação, de ter podido
comprar todos os livros e cursos que eu julgasse úteis, de ter
feito um bom curso de graduação e de ter tido apoio total da família. As
dificuldades de quem estuda para concurso e precisa trabalhar para sustentar a
família devem ser infinitamente maiores das por que passei. Essas pessoas sim
são verdadeiras guerreiras da vida. Eu apenas aproveitei bem as oportunidades
que me foram dadas.
Comecei a estudar em janeiro de 2009, motivado por boatos de que
haveria concurso para perito da Polícia Federal. Entrei num ritmo forte,
estudando sistemas operacionais, redes, segurança da informação e direito
penal. Estudei essas matérias por dois meses e meio com grande empolgação, 8 horas
líquidas por dia. Deu para perceber o quanto eu não aprendido durante a faculdade.
Até que em meados de março sai a notícia: não haverá concurso para perito da PF
em 2009! Foi uma grande decepção, pois depositei grandes expectativas nesse
concurso. Além disso, na época não tinha previsão certa para concursos na área
de TI (Tinha alguma coisa sobre o TCU, mas eu olhava
aquelas matérias de governança TI e não tinha a menor vontade de
estudar!!). Fiquei uns dois meses perdido, sem estudar quase nada, paralisado
pela incerteza, com um fio de esperança de que aparecesse alguma oportunidade
decente na iniciativa privada. Deveria ter começado a estudar Direito
Administrativo e Constitucional. A lição que eu gostaria de já ter
aprendido então é que na preparação para
concursos, a incerteza está sempre presente e que saber lidar com ela, tanto no lado psicológico quanto na
definição de sua estratégia de estudo, é fundamental.
No final de maio de 2009 saiu o edital da ANAC. Seria uma boa
chance, já que eu não tinha estudado nada de Direito e nessse concurso só
cairiam matérias de TI. Analisando o edital, vi que meus pontos fracos eram
justamente as matérias pelas quais eu tinha maior repulsa de estudar: PMBoK, Cobit,
ITIL, CMMI, ISO 27001. Não que eu não veja a importância desses assuntos para
as
organizações, mas é que o modo que eles são cobrados[3] em concursos é uma decoreba tão chata e desconectada da realidade
que chega a dar ânsia de vômito. Mas tomei uma decisão: a partir de então eu
era absolutamente apaixonado por gestão de TI !!! Fiz o curso online do
Cathedra, li o PMBoK
umas 3 vezes, decorei todos os processos do CMMI, li livros sobre
ISO 27001e fiz muitos exercícios dessas matérias. Essa é uma outra lição para
quem quer passar em concursos: Apaixone-se por todas as
matérias do edital, ou pelo menos finja!
Deixar de estudar matérias importantes para o concurso porque não gosta ou
estudá-las de mau humor não contribuirá em nada para atingir o seu objetivo. Consegui
um bom resultado na ANAC, mas não bom o suficiente. Fui aprovado em 17o lugar, mas
estava fora das vagas previstas, que eram 10. É uma situação terrível essa de quase passar. Talvez pior do que ficar bem longe de passar,
ainda mais quando se olha para as notas e se percebe que 1 item certo a mais o
colocaria dentro das vagas. Mas olhando pra trás, foi ótimo eu não ter passado.
Se tivesse começado a trabalhar na ANAC, não teria tido tempo de me preparar
muito bem para o BACEN. Tenho preferência pelo BACEN, não por questão de
salário[4],
mas porque me identifico mais com ele, além de ter ouvido falar muito bem do
ambiente de trabalho de lá. Depois de sair o resultado da ANAC, novamente
estava em situação de grande incerteza.
Chamariam mais gente para a ANAC? Qual seria o próximo grande
concurso na área de TI ? No final julho tinha saído a autorização para o
concurso do Banco Central, mas haveria vagas para TI ? Interrogações,
interrogações, interrogações... Para sair dessa incerteza logo, decidi que
passaria no Banco Central de qualquer jeito, havendo vagas para TI ou não. O
plano era estudar insanamente Economia[5] e as matérias de Direito até que saísse o edital. Se houvesse vagas
para TI, voltaria a estudar as matérias da área até a data da prova. Se não
houvesse vagas para TI, passaria a estudar 20 horas por dia (pra quê dormir?
hehe) as matérias restantes da área de política econômica. Felizmente, quando
saiu o edital lá estavam as vagas de TI... 50 vagas, ótimo!!!
Como todos, tomei um susto com o tamanho do conteúdo que colocaram
no edital. Simplesmente juntaram as duas áreas de TI do concurso anterior –
como se cada uma isoladamente já não tivesse uma enormidade de conteúdo. Quem
preparou esse edital ou não tem a menor noção do que fez ou fez por maldade.
Mas é a vida... nada de ficar chorando! Se o edital está grande, está grande
pra todo mundo! Fiquei um dia inteiro analisando o edital e planejando o
estudo. Como o tempo até a prova era curto – 2 meses e meio – e o conteúdo
enorme, o estudo seria em grande parte uma leitura rápida das matérias que eu
já tinha estudado no início do ano. Elegi alguns assuntos[6] que eu conhecia pouco e que pareciam bons candidatos a questões
discursivas e aloquei um tempo um pouco maior para eles. Ignorei os assuntos “impossíveis”
de se estudar[7].
As duas últimas semanas ficaram reservadas para resolver a
maior quantidade possível de provas da Cesgranrio e fazer revisões
pontuais.
Segui meu planejamento até a data da prova sem grandes percalços.
Na véspera do grande dia, tinha uma única certeza: a de eu que tinha feito o
melhor que eu pude para me preparar. Martelei isso na minha cabeça, o que
ajudou bastante para diminuir a ansiedade. Era só fazer a prova com
tranquilidade e esquecer todo o resto que não dependia mais de
mim.
Fiz a prova com relativa tranquilidade. Quando terminei, não tinha
noção se tinha ido bem ou mal. Fiquei com impressão de ter chutado muito mais
do que gostaria nas provas objetivas. A prova discursiva era também incerta, principalmente
a terceira questão, a mais difícil e a que mais valia pontos. Qualquer deslize
na prova discursiva poderia jogar a pontuação lá pra baixo. Felizmente, tive sorte
de acertar várias questões em que tinha ficado em dúvida entre alternativas. E
na discursiva, acho que quem corrigiu foi bem tolerante. Aceitou algumas
respostas que até faziam algum sentido, mas
estavam escritas em termos muito genéricos.
O que penso sobre estudo para concursos
Existe uma tendência de se atribuir aos que obtém bom desempenho
em concursos uma genialidade nata ou uma capacidade de memorização muito acima
da média. Dividiriam-se as pessoas entre “deuses” e “mortais”. Não poderia
haver raciocínio mais falso que esse! Em concursos públicos,
determinação e disciplina contam muito mais que genialidade[8].
Outro mito é o de pessoas que passam em concursos sem estudar. A verdade é que
elas estudaram sim, mas quando o fizeram não tinham como objetivo explícito
passar em algum concurso. Uma boa metáfora que ouvi certa vez é que estudar é
como encher baldes de água com conta-gotas. Imagine que existam vários baldes,
cada um contendo o conhecimento (água) de um assunto. No
dia da prova, passa quem tiver mais água nos baldes certos. A
tarefa de encher os baldes com conta-gotas é algo que demanda grande esforço e
determinação. É importante também saber onde ir buscar a água e como utilizar o
conta-gotas. Algumas pessoas podem até ter um conta-gotas com capacidade um pouco
maior. Mas no longo prazo, o que mais importa é a disciplina com que se realiza
a tediosa tarefa de ir na fonte de água, encher o conta-gotas e depois andar
até o balde para pingar as gotinhas. A reação que se deve ter ao ver alguém
passar em um concurso difícil não é “essa pessoa deve ser um gênio” e sim “essa pessoa deve ser
muito determinada, deve ter uma disciplina excepcional!”. O primeiro tipo de reação leva a pessoa a
concluir que nunca conseguirá. É uma derrota prenunciada. Não vale nem a pena
tentar! O segundo tipo de reação é a de um futuro vencedor. Reconhece a
existência de uma relação de causa e efeito entre estudo
disciplinado e aprovação. Além disso, é um ponto de partida, pois se nem todos
foram abençoados com a mente de um Einstein, é certo que todos podem, com algum
esforço, tornarem-se pessoas mais determinadas e disciplinadas.
Muitos ficam atrás de saber qual a melhor técnica de estudo, a
melhor estratégia, o melhor cursinho, o melhor livro. A verdade é que existem
várias técnicas ótimas, várias estratégias brilhantes, vários cursinhos muito
bons e vários livros excelentes. Mas em essência, o sucesso em concursos está
em algumas qualidades de comportamento aliadas a um conhecimento
básico sobre como estudar. Essas qualidades são: motivação, determinação,
disciplina e persistência.
Tempo e memória
No estudo para concursos, todos gostariam de ter uma quantidade
infinita de duas coisas: tempo e memória. Mas o fato é que são recursos
escassos. Portanto, gerenciá-los bem é fundamental.
Tempo
Antes de começar a estudar para concurso, li algumas dicas do
Demétrio Pepice, o primeiro colocado no concurso de auditor da receita de 2005.
Achei bem interessante o controle preciso que ele fazia do tempo que estudava.
Sugeria anotar religiosamente todos os minutos estudados. Ao começar o
estudo, iniciava um cronômetro. Para qualquer interrupção, como ir
ao banheiro ou fazer um lanche, parava o cronômetro. Resolvi adotar também essa
técnica. Melhorei a planilha de controle de tempo que ele fez, deixando-a o
mais automatizada possível[9].
Fazer esse controle requer disciplina, mas
garanto que os dividendos pagos mais do que compensam. Cito o que
o Alexandre Meirelles diz sobre isso no seu manual do concurseiro:
“Você assim vai ter
controle do seu estudo diário, e não vai se iludir com ele. Você vai ver que
ficar em casa por conta do estudo de 8h às 23h não quer dizer que você estudou
15h no dia. Você estudará, num excelente dia, umas 9h ou 10h no máximo, e isso
tudo raramente. Vai lhe mostrar o quanto perde de tempo no telefone, vendo TV,
enrolando etc. Mas essas horas anotadas serão horas reais de estudo, que lhe
trarão mais cobrança com seus horários e um aumento no número de horas
estudadas. Você vai notar que pode ficar uma semana inteira “estudando”
aparentemente o mesmo tempo todo dia, e o tempo real de estudo variar de 3 a
9h/dia, sem que você tenha notado muita diferença de um dia para o outro. Você
só vai perceber e corrigir isso se anotar tudo. Você vai identificar os porquês
de um dia não ter rendido tanto, e saberá minimizar aquilo que o prejudicou para
nos próximos dias não repetir os mesmos desperdícios de tempo.” Existe um efeito psicológico interessante que
acontece quando você mede o tempo estudado. O seu compromisso com metas aumenta
bastante! Se você tem como meta estudar 8 líquidas por dia, mas
vê que só estudou 5 horas hoje, você se sentirá mal. E isso é
ótimo, porque você terá que compensar com
mais horas nos dias seguintes para se sentir bem.
Memória
Provas de concurso privilegiam mais o conhecimento de uma grande
extensão de conteúdo do que a capacidade de raciocínio. Mas por maior que seja
a capacidade de algúem guardar informações, existe um limite fisiológico para
isso. Acho que um grande erro que muitas pessoas cometem é encarar
todo o estudo como uma decoreba pura e simples. Decorar um
dicionário de Alemão não é aprender Alemão! Se você precisa guardar uma grande
quantidade de informação, precisa de formas mais eficientes que a decoreba.
Qualquer coisa que você puder fazer para diminuir a quantidade de coisas
que tem que decorar é bem vinda. Uma forma de fazer isso –
surpresa!! – é aprender verdadeiramente a matéria! Isso significa entender os
princípios por trás de um assunto, ler com calma e entender a teoria. Demanda
um esforço
inicial bem maior, mas é muito mais eficiente que uma decoreba
crua. Quando você aprende os princípios, consegue inferir informações novas.
Além disso, um assunto que você de fato tenha entendido dura muito mais tempo
na cabeça. No entanto, para alguns assuntos é difícil fugir da decoreba. Nesses
casos, ainda sim vale o esforço de tentar criar alguma sistematização para
diminuir a carga de decorebisse. Cito um exemplo disso para o assunto tão legal
que é a lei de licitações, tirado do livro de Direito Administrativo do
Gustavo Barchet (ótimo livro, recomendo!):
Diferença entre os casos de inexibilidade,
licitação dispensável e licitação dispensada
Como visto, é de memorização difícil os casos de licitação
dispensável e licitação dispensada, em virtude da extensão, respectivamente,
dos arts. 24 e 17 da Lei nr. 8.666/1993.
Frente a isso, propomos aqui uma forma de diferenciar as hipóteses
de inexibilidade, licitação dispensável e licitação dispensada, sem precisarmos
necessariamente memorizar os arts. 17 e 24 da Lei nr. 8.666/1993. O método é o
seguinte:
1. verificar se a situação é de inexibilidade: é necessário o
conhecimento das três hipóteses de inexibilidade previstas no art. 25 da Lei
nr. 8.666/1993. Se o caso não for de inexibilidade, passamos à segunda regra.
2. verificar se a hipóteses não é de licitação dispensada: todas
as hipóteses de licitação dispensada referem-se à alienação de bens pela
Administração.
(...)
3. se a hipótese não for de inexibilidade (por não constar no art.
25) ou de licitação dispensada (por não se tratar de alienação de bens, com as
duas ressalvas feitas anteriormente), ela inevitavelmente corresponde a uma
hipótese de licitação dispensável.
Criar uma sistemática como essa nem sempre é fácil, mas se você
conseguir terá um grande diferencial. Um mnemônico é outra ferramenta por vezes
útil, contanto que você não abuse muito deles. Outra maneira de aumentar as
chances de você guardar informações é lê-las repetidas vezes[10],
com algum espaçamento entre as leituras. Fiz isso principalmente nas matérias
mais decorebas como as de Direito, as matérias de gestão de TI (ITIL, PMBoK,
CMMI) e detalhes de alguns protocolos de rede. Para as matérias de Direito, eu
lia cada assunto três vezes. Uma vez antes da aula sobre o assunto, uma vez
depois da aula e uma outra vez, algum tempo depois de ter feitos vários
exercícios. É um esforço grande, mas acredito que tenha funcionado muito bem
comigo.
Fontes de estudo
A seguir coloco a bibliografia que utilizei. Não quer dizer que li
por inteiro todos esses livros e nem que foram os únicos que consultei, mas
foram as fontes mais relevantes.
Direito
Direito
Administrativo
- Direito
Administrativo - Gustavo Barchet
Direito
Constitucional
- Resumo
de Direito Constitucional Descomplicado - Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo
Economia
Microeconomia
-
Microeconomia Principios Basicos - Hal R. Varian
Macroeconomia
-
Marcroeconomics - Dornbusch, Fischer e Startz
- Curso
online de Berkeley: Econ 100B Macroeconomic Analysis
http://webcast.berkeley.edu/course_details.php?seriesid=1906978376
Sistema
Financeiro Nacional
- Curso
Online SFN, professor César Frade - Canal dos Concursos
Segurança da Informação
ISO 27001
- IT
Governance: A Manager's Guide to Data Security and ISO 27001/ISO 27002 - Alan
Calder –
(capítulos
3 ao 6)
-
ISO27001/ISO27002 A Pocket Guide- http://www.itgovernance.co.uk/products/2019
- Norma
ISO 27001
Criptografia e Certificação Digital
- CISSP Certification All-in-One Exam
Guide, Fourth Edition - Shon Harris – (capítulo 8)
Segurança de redes
- CEH Certified Ethical Hacker Review
Guide - Kimberly Graves
- Building Internet Firewalls - Elizabeth
D. Zwicky, Simon Cooper & D. Brent Chapman
Sistemas Operacionais (fuja do Tanembaum!! hehehe)
-
Fundamentos de Sistemas Operacionais - Abraham Silberschatz & Greg Gagne
& Peter Baer Galvin
- Curso online de Berkeley: CS 162
Operating Systems and System Programming (até a aula sobre
Filesystems, Naming and Directories II)
http://webcast.berkeley.edu/course_details.php?seriesid=1906978494
Redes de Computadores (fuja também do Tanembaum!!)
Base
- Computer Networks: A Systems Approach,
3rd edition - Larry L. Peterson and Bruce S. Davie
Complemento
- Internetworking with TCP/IP Vol.1:
Principles, Protocols, and Architecture (4th Edition) - Douglas E.
Comer
Avançado
(roteamento, VLANs)
CCNA Cisco
Certified Network Associate Study Guide – Todd Lammle
Arquitetura de Computadores
- Computer Organization and Architecture:
Designing for Performance, Sixth Edition - William Stallings
Engenharia de Software
- Engenharia de Software -
Roger S. Pressman
Java \ Java EE
- The
Java Tutorial – http://java.sun.com/docs/books/tutorial/
- The
Java EE 6 Tutorial, Volume II
Bancos de Dados
- Database System Concepts – Silberschatz
PMBoK, ITIL, CMMI
- Curso online de Gestão TI
do Cathedra, professor Gledson Pompeu
- Guia PMBoK
- The Official Introduction to the ITIL
Service Lifecycle
- CMMI®
for Development, Version 1.2
Exercícios em geral
- Superprovas – http://www.superprovas.com
- Questões de concurso
[1] Fiz
cursos presenciais de direito penal, direito administrativo e direito
constitucional. Para as matérias específicas de TI, preferi estudar sozinho
mesmo. Fiz um curso online do Cathedra de gestão de TI. Para mim, curso
presencial tem valor principalmente para as matérias com as quais nunca tive
contato.
[2] Contei
com um pouco de sorte em algumas questões na prova do BACEN. Em pelo menos
quatro questões de direito, fiquei entre duas alternativas. Escolhi
corretamente todas.
[3] Até
entendo o lado de quem elabora essas questões. Deve ser difícil elaborar
questões inteligentes desses assuntos.
[4] Acho
impressionante, pra não dizer assustador, a quantidade de concurseiros que usam
o salário como único parâmetro na escolha de qual carreira seguir.
[5] Optei
por estudar as matérias de economia sozinho, já que tenho uma base matemática
forte do curso de engenharia.
[6] Sabia
muito pouco sobre arquitetura de firewalls, protocolos de roteamento, MPLS,
Java EE, e armazenamento (RAID, SAN, backup)
[7] 7
Resolvi ignorar totalmente as linguagens de programação com que nunca trabalhei
(C#, ASP.NET), sistemas ou ferramentas muito específicos como servidores de
aplicação Java, IDE Eclipse, IBM MQSeries e conhecimentos muito específicos de
administração de sistemas Windows/Unix. Esses
assuntos só se aprende na prática mesmo, é muito difícil de estudá-los apenas
com leituras.
[8] Uma
história ilustrativa muito interessante é a de Cliff Young, um australiano
plantador de batatas que aos 61 anos ganhou a ultra maratona de Sydney a
Melbourne, uma corrida com um percurso de 875 quilometros. Antes do início da
corrida, atletas profissionais zombaram de Cliff, acharam que se tratava de um
doido, e que nunca terminaria a prova. Os atletas profissionais estimavam que levaria
perto de 5 dias para terminarem a prova, correndo 18 horas por dia e dormindo
as 6 horas restantes. A estratégia de Cliff foi correr até a linha de chegada,
sem dormir. A cada noite, Cliff se aproximava um pouco mais dos líderes da
prova. Até que na última noite ele conseguiu ultrapassar todos os competidores,
que eram atletas jovens de nível mundial. Ele foi o primeiro a cruzar a linha
de chegada e ainda estabeleceu o novo recorde do percurso. Veja em
http://en.wikipedia.org/wiki/Cliff_Young_(athlete)
[9] Baixe
a planilha no link
http://dl.dropbox.com/u/2605350/planilha_de_controle_de_estudo.xls
[10] Existe
uma técnica de aprendizado conhecida como Repetição Espaçada. Veja em
http://en.wikipedia.org/wiki/Spaced_repetition
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