Conhecimentos Gerais - Resumo de HG II

Imperialismo ou Neocolonialismo (Séc. XIX)

1) Conceito: foi a busca de colônias (sobretudo na Ásia e África). pelas potências industrializadas que necessitavam de matéria prima, mercados consumidores e zonas para aplicação do lucro excedente. Enquanto o colonialismo do século XVI (na América) se enquadrou na política mercantilista visando acumulação de riquezas na metrópole para o fortalecimento do estado absolutista, o neocolonialismo se enquadra nas diretrizes do capitalismo pós Revolução industrial.

2) Marco inicial: conferência de Berlim (1885) - partilha da África
3)Principais conflitos decorrentes do imperialismo britânico:
Guerra dos Bôeres(1902): os holandeses (bôeres) são dominados pelosbritânicos na África do Sul
Guerra do Ópio (1840-2): os britânicos abrem o mercado chinês para esta droga e minam a autoridade do império. Através do tratado de concessão extraterritorial estabeleceram-se na China áreas não sujeitas ao controle do governo. Em 1900 eclode a Revolta dos Boxers contra a presença estrangeira. Após a derrota dos Boxers, o governo Chinês é obrigado a dar total liberdade de comércio às nações imperialistas.
Rebelião dos Cipiaios (1857): revolta de militares hindus contra os ingleses

4) Imperialismo japonês: uma revolta imperial, em 1868, afastou as potências estrangeiras aliadas dos senhores feudais e inaugurou a era Meiji. O governo passa a incentivar a industrialização e o fortalecimento das forças armadas. O passo seguinte foi a rápida expansão imperialista (formosa, Mandchúria, Coréia, ilhas Curilas,...)

5) Imperialismo dos EUA: desde o início do séc. XIX os americanos preparavam-se para exercer seu domínio na América Latina. A doutrina Monroe já anunciava “a América para os americanos”. Após a vitória do norte sobre o sul na guerra de secessão e a adoção do uma intensa política protecionista às suas indústrias, os Estados Unidos iniciam sua arrancada rumo à industrialização e ao imperialismo. Tem início o Big Stick. As oligarquias latino-americanas, adeptas do livre cambismo, facilitam a entrada do capital americano. Diferentemente do imperialismo inglês na região (marcado por empréstimos e comércio), o imperialismo americano foi marcado pela intervenção direta.

6) Justificativa do imperialismo: superioridade da raça branca

7) Principal efeito do imperialismo: tensão permanente entre as potências devido à repartição desigual das zonas coloniais, em especial, a insatisfação de Alemanha e Itália (países de unificação tardia).
Unificação alemã e italiana Itália: a burguesia de Piemonte - Sardenha, norte da Itália, percebendo que a centralização do poder era a condição para preservar seus negócios apoiou o conde de Cavour (1º ministro do rei Vitor Emanuel II) que submeteu as demais regiõesitalianas. Entrou em guerra com a Áustria (1859) incorporando várias regiões. Aproveitando-se da derrota francesa na guerra com a Prússia (1871), os italianos conquistam territórios dominados pelos franceses na península itálica.

A unificação de mercados e impostos favoreceu as áreas industrializadas do norte e levou a Itália ao imperialismo. A unificação total, no entanto, só foi conseguida por Mussolini que firmou um acordo com a igreja para criação do estado do Vaticano (tratado de Latrão) Alemanha: antes da unificação já existia entre os estados alemães uma liga aduaneira (Zollvenrein) que integrava os mercados. O enriquecimento de um dos estados, a Prússia, permitiu que o rei Guilherme I reforçasse o exército e lutasse pela unificação política. O 1º ministro Bismarck foi o responsável pelo processo, em especial, após a vitória da Prússia sobre a França em 1871, o que reforçou o sentimento nacionalista. Fundou-se o 2º reich. O desenvolvimento econômico se processa então rapidamente com a aliança de bancos e indústrias lançando a Alemanha na corrida imperialista.

Era das Revoluções – O séc. XVIII

1) Contexto histórico: os séculos XVII e XVIII correspondem ao auge do absolutismo e, ao mesmo tempo, um período em que a sociedade burguesa esbarra nas reminiscências do feudalismo (privilégios da nobreza, servidão,...). Na 2ª metade do XVIII, vários intelectuais passaram a criticar o antigo regime anunciando novos valores condizentes com o progresso daqueles tempos. O iluminismo constituiu o fundamento teórico que levou às revoluções burguesas.

2) Precursores: Descartes defendendo a razão como único caminho para o conhecimento, Newton afirmando que o universo era regido por leis físicas e não sujeito à interferência divina e, principalmente, Locke que transferiu o racionalismo para análise política e social. Locke confrontava as bases teóricas do absolutismo ao formular a concepção de bondade natural do homem e de sua capacidade de construir sua felicidade e lutar pela liberdade. Os governos foram criados para garantir os direitos naturais do cidadão: vida, liberdade e propriedade. Caso não houvesse estas garantias caberia a sociedade civil o direito de rebelião. Negava-se o autoritarismo e o direito divino.

3) Pensadores iluministas (a enciclopédia de Diderot e D´Alembert: pensamento político e econômico)
Montesquieu: sistematizou a teoria da divisão de poderes.
Voltaire: defendeu uma monarquia esclarecida, o que na prática significava um governo burguês baseado nas idéias dos filósofos. Criticava violentamente a igreja, a servidão, a guerra e a censura.
Rousseau: era considerando um iluminista pois também criticava o absolutismo, no entanto, era considerado uma exceção à medida em que criticava a burguesia e a propriedade privada. Acreditava na bondade inata do homem, na sua capacidade de aprendizagem e que o voto da maioria era sempre justo. Suas idéias atingiram principalmente as camadas populares, ao contrário dos demais iluministas que se alinhavam com a burguesia.
Quesnay: fundador da escola econômica fisiocrata, ele criticava o mercantilismo e acreditava que a economia tinha suas próprias leis. Defendia a total liberdade econômica (Laissez Faire) e que a terra era a principal fonte de riqueza.
Adam Smith: apesar de seus escritos não estarem contidos na enciclopédia, ele é o fundador da escola clássica, considerada a primeira escola econômica científica. Buscou elaborar as leis que regiam os fatos econômicos (oferta e procura, livre concorrência como fator de produtividade e qualidade,...). Como os fisiocratas criticava o mercantilismo. Ao contrário deles, acreditava que o trabalho, não a terra, era a principal fonte de riqueza das nações. Suas idéias influenciaram David Ricardo (teoria da lei férrea do salário segundo a qual o valor do salário seria sempre o mínimo necessário a sobrevivência do trabalhador) e Malthus (visão pessimista do capitalismo ao afirmar o crescimento geométrico da população e aritmético dos alimentos.

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