Management Information Base - MIB

Antes de definir o que é uma MIB, introduziremos o conceito de objetos gerenciados.

Um objeto gerenciado é a visão abstrata de um recurso real do sistema. Assim, todos os recursos da rede que devem ser gerenciados são modelados, e as estruturas dos dados resultantes são os objetos gerenciados. Os objetos gerenciados podem ter permissões para serem lidos ou alterados, sendo que cada leitura representará o estado real do recurso e, cada alteração também será refletida no próprio recurso.

Dessa forma, a MIB é o conjunto dos objetos gerenciados, que procura abranger todas as informações necessárias para a gerência da rede.

O RFC - Request For Comment 1066 apresentou a primeira versão da MIB, a MIB I.


Este padrão explicou e definiu a base de informação necessária para monitorar e controlar redes baseadas na pilha de protocolos TCP/IP. A evolução aconteceu com o RFC 1213 que propôs uma segunda MIB, a MIB II, para uso baseado na pilha de protocolos TCP/IP.

Basicamente são definidos três tipos de MIBs: MIB II, MIB experimental, MIB privada.

A MIB II, que é considerada uma evolução da MIB I, fornece informações gerais de gerenciamento sobre um determinado equipamento gerenciado. Através das MIB II podemos obter informações como: número de pacotes transmitidos, estado da interface, entre outras.

A MIB experimental é aquela em que seus componentes (objetos) estão em fase de desenvolvimento e teste, em geral, eles fornecem características mais específicas sobre a tecnologia dos meios de transmissão e equipamentos empregados.

MIB privada é aquela em que seus componentes fornecem informações específicas dos equipamentos gerenciados, como configuração, colisões e também é possível reinicializar, desabilitar uma ou mais portas de um roteador.

As regras de construção das estruturas da MIB são descritas através da SMI - Structure of Management Information.

A SMI define com exatidão como os objetos gerenciados são nomeados e especifica os respectivos tipos de dados associados.

Os objetos são organizados em uma hierarquia em árvore e são reconhecidos por um OID (object identifier). Essa estrutura é a base do esquema de atribuição de nomes do SNMP.

Um OID de objeto é formado por uma seqüência de inteiros baseada nos nós das árvores, separada por pontos (.). Por exemplo, o objeto internet pode ser referenciado como isso.org.dod.internet ou 1.3.6.1 como é mostrado na árvore de objetos da SMI.

A figura abaixo mostra o posicionamento da mib II na árvore.


Eis os grupos da Mib II:

  • System – Define uma lista de objetos pertencentes à operação do sistema, como o tempo de funcionamento, contato e nome do sistema.

  • Interfaces – Rastreia o status de cada interface em uma entidade gerenciada. O grupo interfaces monitora as interfaces em funcionamento ou inativas e rastreia aspectos, como octetos enviados e recebidos, erros e eliminações.

  • At – O grupo address translation (at) é fornecido somente para manter a compatibilidade com versões anteriores e, provavelmente, será retirado da MIB-III

  • Ip – Rastreia os diversos aspectos do IP, incluindo o roteamento do IP.

  • Icmp – Rastreia aspectos como erros do ICMP

  • Tcp – Rastreia, entre outros aspectos, o estado das conexões TCP (como closed, listen, sysSent, etc)

  • Udp – Rastreia dados estatísticos do UDP

  • Egp – Rastreia diversos dados estatísticos sobre o EGP

  • Transmission – Reservado para mibs específicas de mídia

  • Snmp – Avalia o tráfego SNMP

A seguir, são listados alguns exemplos de objetos de alguns grupos:

- Grupo System

  • sysDescr - completa descrição do sistema (versão, hardware, sistema operacional)
  • sysObjectID - objeto para identificação do vendedor
  • sysUpTime - tempo desde a última reinicialização
  • sysContact - nome da pessoa de contato
  • sysServices - serviços oferecidos pelo dispositivo

- Grupo IP

  • ipForwarding - indica se esta entidade é um gateway IP
  • ipInHdrErrors - número de datagramas recebidos descartados devido a erros em seu cabeçalho IP
  • ipInAddrErrors - número de datagramas recebidos descartados devido a erros em seu endereço IP
  • ipReasmOKs - número de datagramas IP remontados com sucesso.
  • ipRouteMask - máscara de sub-rede para rota

- Grupo TCP

  • tcpRtoAlgorithm - Algoritmo para determinar o timeout para retransmissão de um octeto desconhecido
  • tcpMaxconn - limite do número de conexões TCP que a entidade pode sustentar
  • tcpInSegs - Número de segmentos recebidos incluindo aqueles recebidos com erro
  • tcpConnRemAddress - o endereço remoto IP para determinada conexão TCP
  • tcpInErrs - número de segmentos descartados devido ao formato de erro
  • tcpOutRsts - número de reinicializações geradas

- Grupo UDP

  • udpInDatagrams - número de datagramas UDP entregues aos usuário UDP
  • udpNoPorts - número de datagramas UDP recebidos para aqueles onde não existe aplicação para aquela porta de destino
  • udpInErrors - número de datagramas UDP recebidos que não podem ser entregues por diversas razões, menos a falta de uma aplicação para a porta de destino
  • udpOutDatagrams - número de datagrama UDP enviados por esta entidade

- Grupo Interfaces

  • ifIndex - número da interface
  • ifDescr - descrição da interface
  • if Type - tipo da interface
  • ifMtu - tamanho do maior datagrama IP
  • ifAdminisStatus - status da interface
  • ifLastChange - hora em que a interface inicializou o status corrente

A figura abaixo mostra o posicionamento de uma mib privada na árvore.




Comentários

Anônimo disse…
Mto bom o resumo, valeu...

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